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TERCEIRA IDADE: EXPERIÊNCIA E PACIÊNCIA?

Experiencia e Paciência?

Aos leitores que me leem e tem mais de 50 anos, sabem do que estou falando, afinal, quem quer ser tratado com limitações? É gostoso ser especial em qualquer idade.

Alias, a idade não limita nada nem ninguém! Doenças podem ocorrer aos 10,20, 40 ou 60. Não depende de quantos anos vivemos.

A qualidade de vida, a alegria de viver não tem idade.

Espirito e alma não tem idade, nem envelhecem, concordam?

Estou aqui protestando e tentando pensar uma forma melhor quando se referir aos maiores de 50, com um termo melhor do que Terceira Idade, ou Melhor Idade! Acho estes “títulos” preconceituosos e excludentes! Aqui vai meu protesto veemente e tudo isso me incomoda, pois sinto-me com 35/40 anos. ( apesar de me cansar com mais facilidade)

Idade é uma questão de estado de espírito e saúde, certamente!

Mas mesmo assim, venho a público solicitar um novo termo ou ideia para tal questão.

Em meu grupo de canto, todos são maiores de 60 anos, mas o brincar corre solto e a alegria em cantar e estar juntos é contagiante.

Talvez, o que mais assusta, seja a solidão que parece se avizinhar ao termos filhos criados (para quem os tem), e o preconceito dos jovens quanto a sabedoria e experiencias já vividas.

De fato, os anos trazem um conhecimento e capacidade em escolher melhor o que nos faz sentido e abrir mão daquilo que não queremos mais.

Uma amiga querida, comenta sempre, que quando jovem ouvia dos mais velhos, que a idade traz paciência e compreensão mas hoje, parece que não é bem assim: o que a experiencia de vida traz, é a percepção de finitude, que implica em escolhas, e menos paciência para aquilo que é inútil e aborrecido! Tolerância Zero para coisas chatas e perda de tempo!!!!

Aqui fica o registro do meu protesto e espero que alguém possa ter uma ideia boa e contribuir para este movimento!!!

Miriam

mhalperng@gmail.com

11 999898686

Miriam Halpern

Miriam Halpern

Miriam Halpern, Psicóloga, mãe e avó. Hobby preferido, viajar e conhecer o modo de vida de outros países e culturas.
Fiz psicologia, já com os 3 filhos em casa. Fui mãe tempo integral durante 8 anos, ate que, estimulada por problemas domésticos (o filho do meio nasceu
deficiente auditivo), procurei me profissionalizar em escutar e ajudar famílias que passavam pelo mesmo que eu. Desde então não parei de estudar e trabalhar.
Após o curso de psicologia, fiz formação em Psicanálise na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, instituição ligada a International Psychoanalitical Association de Londres, da qual sou membro efetivo e
docente.
Não satisfeita, fiz mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento, na Universidade Mackenzie, pois queria me familiarizar com o Desenvolvimento Humano e nas relações inicias que nos constitui como humanos.
Hoje, mais tranquila, quero dividir minhas experiências, contar e ouvir.

4 comentários

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  • Miriam querida, que surpresa agradável! Adorei os seus textos, com uma escrita leve e de fácil entendimento, nos leva a uma reflexão da nossa importância na sociedade! Parabéns!

    • Que bom que gostou!
      Vamos agora fazer uma enquete em como nomear nosso grupo? Surgiu a ideia de sermos “Senior”. Parece agradavel e sonoro!
      Beijos e agradeço seus comentarios!
      Miriam

  • A convite da Miriam, passei a procurar um título que pudesse ser mais adequado a ¨terceira idade¨. Uma tarefa difícil ! Com certeza melhor idade não é mesmo. Velho e idoso além de preconceituoso é deselegante. Embora idoso, seja mais respeitoso do que velho. A nossa maestrina comentou ¨Sênior¨. Soa bastante elegante.
    Ultimamente tenho ouvido ¨envelhescente¨, que pode ser um termo pretensioso, porque faz alusão à adolescente (nem pinto, nem galo). A final não nos sentimos velhos, mas também não somos jovens. Somos jovens por mais tempo. Pelo menos o nosso coral, assim o é. Também reconheço que o nosso grupo pertence a uma parcela privilegiada. Penso que o título é uma questão pessoal. E que o termo envelhescente é o que melhor me representa. Qual é o termo que melhor te representa?

    • NIlza querida
      Gostei da sugestão. Senior ou envelhescente. De fato, a nossa idade traz uma experiencia de transformação de valores e sensações que lembram a adolescencia. Não somos mais jovens mas estamos experimentando uma nova condição.
      Alem de que somos a geração que esta vivendo mais tempo e formando uma situação inedita. Quando eramos pequenos, sessenta anos era considerado velho mesmo! Chegar aos 80 era raridade!
      Hoje, 60, 70, 80 anos, é comum. Somos a geração que viveu muitas mudanças. A questão da longevidade, é mais uma das “novidades”. Talvez porisso a dificuldade em nomear os “Seniors” ou “Envelhescentes”!
      Agradeço sua colaboração e continuamos por aqui pensando…
      beijos
      Miriam

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