Agir Comportamento

PAI, O ESQUECIDO…

Pai, o esquecido…

Acabei de cruzar no elevador do meu edifício, com um bebe nos braços da avó.

De imediato, comecei a pensar no quanto o pai, muitas vezes sente-se excluídos da maternidade, além de frequentemente, uma das avós ficar cuidando do bebe enquanto os pais trabalham. Ocorreu-me de imediato, que além do novo e esperado membro da família chegar, pode vir junto uma avó para cuidar e ajudar no que for preciso.

Só que a dinâmica da casa se altera de uma forma ampla e o pai, sente-se invadido em sua privacidade. Não tem como queixar-se, pois, afinal, um bebe requer atenção quase que ininterrupta!!!!!!

E a mãe que carregou o bebe por 9 meses, fica atribulada com tantas novidades: deixa de ser filha para ser mãe.

É como se um terremoto passasse na casa, revolucionando tudo: horários, disponibilidade, solicitação, afinal, os bebes humanos necessitam de 9 meses de gestação na barriga da mãe e ao menos +9 para ter alguma certa autonomia, ou seja 1 ano e meio de dedicação praticamente exclusiva!

E quanto é permitido ao pai ajudar em tudo isso, se o olhar da mãe fica quase que integralmente voltado ao bebe? Não há romantismo que de conta! E o pai sente-se abandonado e excluído! Além de destituído de sua importância.

Por mais que exista o desejo de ter um filho, pois assim será sua continuidade, as mulheres não se preparam para ser mãe e esposa ao mesmo tempo. Não vejo como prepara-se para algo que ainda não ocorreu, mas gostaria de pontuar a importância do pai no desenvolvimento da criança e de uma família suficientemente estruturada.

Como ensinar algo pelo qual ainda não passamos? Teorias e livros de autoajuda existem de montão. O perigo é que se não ocorre como está no livro, questionar a teoria, é saudável e não se trata de certo ou errado.

Cada casal, cada família tem suas particularidades e a construção de uma família é difícil e trabalhoso, pois a todo momento surgem situações inéditas que podem trazer instabilidade. Buscar serenidade é uma necessidade para administrar as situações novas.

 Mulheres, fiquem atentas para não colocar o marido, agora pai de escanteio. Ninguém gosta de ser excluído ou abandonado! Muito menos um pai recente! Dividir tarefas, e aceitar que cada um tem seu jeito é uma saída.

Boa sorte

Até o proximo encontro

Miriam

mhalperng@gmail.com

11 999898686

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Miriam Halpern

Miriam Halpern

Miriam Halpern, Psicóloga, mãe e avó. Hobby preferido, viajar e conhecer o modo de vida de outros países e culturas.
Fiz psicologia, já com os 3 filhos em casa. Fui mãe tempo integral durante 8 anos, ate que, estimulada por problemas domésticos (o filho do meio nasceu
deficiente auditivo), procurei me profissionalizar em escutar e ajudar famílias que passavam pelo mesmo que eu. Desde então não parei de estudar e trabalhar.
Após o curso de psicologia, fiz formação em Psicanálise na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, instituição ligada a International Psychoanalitical Association de Londres, da qual sou membro efetivo e
docente.
Não satisfeita, fiz mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento, na Universidade Mackenzie, pois queria me familiarizar com o Desenvolvimento Humano e nas relações inicias que nos constitui como humanos.
Hoje, mais tranquila, quero dividir minhas experiências, contar e ouvir.

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