Agir Comportamento

CONVERSANDO SOBRE “EXPECTATIVAS”

Sempre que nos movemos em direção ou busca do que quer que seja, estamos motivados e esperançosos, de poder ser mais feliz.

Segundo o dicionário Aurélio Buarque de Hollanda:

Expectativa: (do latim, expectatu, “esperado” + iva). Esperança fundada em supostos direitos, probabilidades ou promessas.

Vamos nos deter um pouco no significado de cada uma delas? e também quem sabe, em nossos sentimentos, esperanças e desejos? e porque não, reconhecer, que dentro de todas elas, está contida o sentido da expectativa, como algo provável, porém não certo, uma ansiedade de realização, mas que não podemos nos esquecer, de que nem sempre as tentativas.são bem-sucedidas.

Toda a pessoa tem dentro de si a necessidade de realização, além de que temos este direito.

O que dizer então, quando decidimos formar uma família, ter filhos?

Para muitas mulheres, ser mãe é a constatação, ou melhor, o “atestado de competência” da função feminina, da maternidade. Aos homens, a continuidade e realização de capacidade e potência.

Sonhos, esperanças, projetos e a tal da expectativa com toda força.

Obviamente desejamos filhos bonitos, saudáveis, principalmente.

A barriga crescendo, a sensação de ser “casinha de gente”, o papai encantado, o enxoval, os moveis…e a expectativa!!

Como será? Quando? Correrá tudo bem? Os desejos serão atendidos? E nossas expectativas, satisfeitas?

Que ansiedade, esta espera…

Podemos agora usar esta situação corriqueira, e pensar na expectativa contida em uma escolha profissional.

O curso, a opção da especialização…o esforço que todos fazemos, sempre esperando que tudo saia muito bem. Geralmente, ao optarmos por o que quer que seja, não pensamos que pode não ser como o desejado, afinal, “Só se abre uma “loja”, para que tudo corra bem e certo!!”

Formatura, sonhos, projetos, e ai está!

Como suportar e se adaptar aos desapontamentos que provém do contato real, do dia a dia…

Voltemos então a situação familiar…

 Chega o grande dia! Todos correm para conhecer o novo membro da família.

Enfim, estamos diante de alguém, delicado, desconhecido, talvez diferente daquele que foi construído em sonhos, e…(não é semelhante à construção do sonho profissional?).

Que susto!!!!!!,. Quem é este sujeito, que chora, sem dentes vermelhinhos, e ainda: “Parabéns, é uma linda menina!” Pronto: começou a gincana! O bebe chora, ou então, quantas queixas…

Era isso mesmo?

Aquele bebê desejado, bonitinho, nos planos, jamais teria, dor de ouvido, febre ou dor de barriga, algo em sonhos sairia errado ou se complicaria…

Pois é, assim começa a realidade do dia a dia, sem sossego, sem tempo para si.

O que fazer com os sonhos, com os planos?

 Como suportar as frustrações decorrentes de toda uma expectativa construída por um longo período.

O que fazer diante de expectativas frustradas.

Como suportar a constatação, de que seres humanos são complicados, inesperados e difíceis…e, de que as ferramentas da legislação, podem ser “lidas” de formas diversas.

E que nem sempre, aquilo que foi feito ou dito, é justo?

Afinal, o que é mesmo justiça?

Como ser justo?

Administrar frustrações, não é das coisas mais fáceis.

 Ainda mais quando estamos cansados, e com a sensação de insuficiência e de solidão presente.

Poder conviver com desapontamentos, reformular posições, repensar, repensar…

Constanze Bruchsal, Baden-Württemberg, Germany 2005-12-18 / © MARK GROSS

Talvez admitir nossa condição humana, frágil e limitada, seja uma das questões mais dolorosas que temos que enfrentar ao longo da vida. Em qualquer circunstância.

 Mas, poder fazê-lo, reconhecer as limitações, talvez seja o único caminho.

Onde sejamos gente, com desapontamentos, incoerências e idiossincrasias.

Afinal, gente é tudo isso mesmo. Ainda bem! Senão fosse assim, que monotonia seria a vida!!!!

Boa sorte

Até o proximo encontro

Miriam

mhalperng@gmail.com

11 999898686

Miriam Halpern

Miriam Halpern

Miriam Halpern, Psicóloga, mãe e avó. Hobby preferido, viajar e conhecer o modo de vida de outros países e culturas.
Fiz psicologia, já com os 3 filhos em casa. Fui mãe tempo integral durante 8 anos, ate que, estimulada por problemas domésticos (o filho do meio nasceu
deficiente auditivo), procurei me profissionalizar em escutar e ajudar famílias que passavam pelo mesmo que eu. Desde então não parei de estudar e trabalhar.
Após o curso de psicologia, fiz formação em Psicanálise na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, instituição ligada a International Psychoanalitical Association de Londres, da qual sou membro efetivo e
docente.
Não satisfeita, fiz mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento, na Universidade Mackenzie, pois queria me familiarizar com o Desenvolvimento Humano e nas relações inicias que nos constitui como humanos.
Hoje, mais tranquila, quero dividir minhas experiências, contar e ouvir.

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