Olhar verde

FALSA-MELISSA. Lippia alba (Mill.)

Falsa-melissa. Lippia alba (Mill.) N.E.Br da família botânica Verbenaceae.

É um arbusto perene aromático que cresce espontaneamente em quase todo o território brasileiro. Ocorre nas Américas, desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina. Naturalizada na Ásia e na América do Sul atinge cerca de um metro com flores lilases, é facilmente cultivável por estaquia em solo rico com sol pleno.

http://pelahorta.com.br/?product=erva-cidreira-melissa

Conhecida como erva-cidreira-brasileira, erva-cidreira-falsa, cideira-do-campo, falsa-melissa, salva-limão, chá-de-estrada. Pode ser confundida com plantas que também possuem citral na composição de seu óleo essencial, por exemplo, Cymbopogon citratus e Melissa officinalis que são exemplos de confusões entre as plantas que também recebem o nome popular de “erva-cidreira”. Suas propriedades fitoterapêuticas se devem à ampla variabilidade química do óleo essencial contido nas suas folhas consumidas principalmente na forma de “chá”. Vários quimiotipos podem estar presentes: carvona, limoneno, mirceno, neral, geranial, citral e linalol e que podem apresentar atividades farmacológicas distintas. Pesquisas etnofarmacológicas evidenciaram usos tradicionais do “chá” preparado com a L. alba: ação calmante, espasmolítica suave, analgésica, digestiva, doenças cutâneas; alívio de pequenas cólicas uterinas, para promover a saída de gases, ação expectorante suave. Alguns estudos apresentaram propriedades antioxidantes e mio-relaxantes e quanto as propriedades farmacológicas dos extratos, como sedativo, sugere-se verificar mais estudos clínicos.

https://articles.bepure.ly/7-common-methods-of-extracting-essential-oils/

Para os óleos essenciais da Lippia alba foram citadas atividades antimicrobianas que validam o seu uso tradicional (uso externo). Essa espécie vegetal também foi estudada pelo PPPM-CEME-MS em modelos farmacológicos e toxicológicos pré-clínicos e desprovida de atividade significativa em nível de SNC, e não foram constatadas atividades hipnótica e ansiolítica. Em doses elevadas foram observados efeitos tóxicos pelo modelo experimental utilizado.

Saudações e até a próxima planta!🙏

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Referências

Referências  
ALONSO, J. Tratado de fitofármacos y nutracéuticos. Rosário: Corpus Libros, p. 952-3, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. A fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos. Brasília, DF: 2006.
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TAVARES, E.S. et al. Análise do óleo essencial de folhas de três quimiotipos de Lippia alba (Mill.) N.E.Br. (Verbenaceae) cultivados

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Farmacêutica/Biomédica , especialista em educação em saúde pública, homeopatia e fitoterapia clínica e mestre em ciências/saúde coletiva (UNIFESP).

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