Cantar, Cantar, cantar…
Vivemos um mundo cheio de letras, palavras e imagens. E os sons?
Certo dia, fui me inscrever na academia. Olhando os cursos que havia ali, vi a proposta de canto coral.
Resolvi dar uma olhada e me inscrevi.
Despretensiosamente lá fui eu no dia e hora marcada. Era um grupo grande, já formado. Depois soube que havia apenas 2 vagas pois era meio do ano.
Estava tímida, pois jamais havia pensado em tal possibilidade, muito menos de cantar em grupo.
Estudei música desde pequena, toquei piano e violão, sem ter alcance vocal significativo!
A maestrina, figura jovem e simpática, inicia a cantoria com aquecimento vocal. Aos poucos vou me encantando, unida naquela melodia, que todos conheciam, fazendo parte de um grande grupo, como os fios que fazem a trama de um tecido: cada fio é importante para que o tecido se constitua e assim possa vestir alguém, ou agasalhar quem precisa.
A música é uma linguagem organizada e universal.
Naquele grande grupo, estamos ali para compartilhar momentos e fazer o melhor possível.
Fico emocionada em me ver dentro daquele mar de vozes que juntas, formam um oceano de sonoridade agradável.
A experiencia de unidade, a força que temos, o instrumento que cada um carrega dentro de si faz com que possa sentir a alegria única e maravilhosa de pertinência!
Este tecido humano, que a música e as vozes produzem, é difícil traduzir em palavras!
Trouxe para mim, uma sensação nova, que não conhecia ate então. De fato, cantar traz uma alegria, um bem-estar diferente. A satisfação de pertencer, cada um é importante na produção sonora.
Que tal usar este modelo e pensar que a vida é assim?
Somos um enorme grupo de pessoas, onde todos têm uma voz interior que precisa de uma oportunidade para se unir e reconhecer que fazemos parte deste imenso tecido universal em que estamos inseridos.
Desejo aos meus leitores boa sorte!
Que possam ter a oportunidade de encontrar o “próprio coral” pois certamente somos o fio de vários tecidos que vamos vivendo e tecendo pela vida.
A Miriam nesse texto descreve exatamente as sensações e sentimentos que nos traz o ato de cantar.
Entendo e me identifico totalmente com o seu artigo porque também desfruto do aconchego da pertinência a esse tecido, humano, cuja sonoridade nos envolve e nos agasalha.
Coral é um bálsamo que cria dependência. É uma terapia que você não quer deixar mais, porque você não quer de forma alguma perder os seus benefícios.
Que bom Nilza!
Demorei um bom tempo para escrever sobre a experiencia musical e sua importancia.
Queria transmitir algo que é muito dificil por em palavras.
Obrigada por sua contribuição.
Um beijo e ate breve
Miriam