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ALHO – Condimento Alimentar De Uso Tradicional & Curiosidades

ALHO – Condimento Alimentar de Uso Tradicional & Curiosidades

O Allium sativum L. é uma hortaliça usada pelo seu alto valor nutricional como condimento de alimentos e pelo seu uso medicinal tradicional.

O seu óleo é muito apreciado na culinária, sendo utilizado para agregar sabor e aroma aos alimentos.

Conhecida com o nome popular de alho-comum, alho-hortense, pertence à família Amaryllidaceae; Alliaceae/Liliaceae (anteriormente).

De origem Asiática, cultivada em toda a Europa e no mundo todo, inclusive, no Brasil. O alho é uma das plantas mais antigas e as referências sobre o seu valor medicinal datam de milhares de anos. Cultivada há aproximadamente 5.000 anos pelos hindus, árabes e egípcios. Foi introduzida no Ocidente pelo Mar Mediterrâneo e no Brasil na época do descobrimento e serviu de alimento para a tripulação das caravelas portuguesas devido seu poder conservante.

A parte utilizada são os bulbos (bulbilho – dentes), sua propagação se dá em pleno sol, solo rico em matéria orgânica e bem drenado e a sua colheita se dá aproximadamente a 150 dias após o plantio, quando as folhas começam a ficar amareladas e secas.

Os seus compostos ativos possuem baixa toxicidade e possuem efeitos farmacológicos. Seus principais compostos são: óleo essencial, compostos sulfurados (aliina e alicina); sais minerais; vitaminas; flavonoides. O alto teor de enxofre presente no óleo volátil é o responsável pelo odor característico do alho quando seus dentes são amassados ou moídos. Acredita-se que o ingrediente ativo seja a alicina, seu principal marcador químico, alguns destes compostos tem estabilidade baixa.

Usos populares: possui propriedades antioxidantes com potenciais benéficos para a saúde. Como fitoterápico é coadjuvante no tratamento de dislipidemia, na hipertensão arterial leve. Como auxiliar nos sintomas associados a gripes e resfriados é com base no uso tradicional e que necessita de investimentos em estudos clínicos.

O alho é amplamente utilizado na alimentação; como fitoterápico nas formas de tintura diluída em água; cápsulas com o óleo ou extrato seco em capsulas vegetais.

Quanto aos efeitos adversos,raros são os relatos de intoxicação com A. sativum. Entretanto, o alho como fitoterápico apresenta interações medicamentosas com hipotensivos. Necessita atenção em casos de hipertireoidismo, tratamentos com anticoagulantes, gastrite, úlcera gastroduodenal, fígado e alergia aos compostos à base de enxofre. Contra indicado para gestantes, lactantes, lactantes e no pré ou pós-operatório.

“Alho superpoderoso” – Curiosidades segundo Boletim Planfavi / Cebrid

Nos mitos egípcios, o alho (Allium sativum L.) era considerado uma planta mágica. Há aproximadamente 4.500 anos, durante a construção da pirâmide de Queóps, os escravos eram alimentados com alho. Acreditava-se que, com isso, o rendimento físico era aumentado e que também era possível aumentar a imunidade contra as epidemias típicas da época. Arqueólogos encontraram nas pirâmides algumas inscrições que podem se referir aos poderes do alho. Durante a I Guerra Mundial, o alho foi amplamente usado para combater infecções e tratar problemas como tuberculose. Atualmente vários trabalhos estudam suas propriedades medicinais, entre as quais: ação antioxidante, anti-hipertensiva, hipoglicemiante, anticoagulante, redutora do colesterol e até mesmo uma ação repelente a insetos”. (Carlini et al., 2009).

Texto:

Linete Maria Menzenga Haraguchi

visite o endereço instagram lineteharaguchi

Farmacêutica/Biomédica , especialista em educação em saúde pública, homeopatia e fitoterapia clínica e mestre em ciências/saúde coletiva (UNIFESP). Coordenou o curso de plantas medicinais e de fitoterapia da UMAPAZ de 2009-2017.

Referências consultadas:

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http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259456/Formulario_de_Fitoterapicos_da_Farmacopeia_Brasileira.pdf/c76283eb-29f6-4b15-8755-2073e5b4c5bf Acesso em 15. jun. 2020

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. 1. ed. Brasília, DF: ANVISA, 2016. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/2909630/Memento+Fitoterapico/a80ec477-bb36-4ae0-b1d2-e2461217e06b Acesso em 15. jun. 2020

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. 1. Ed.  Primeiro Suplemento. Brasília, DF: ANVISA, 2018.

http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259456/Suplemento+FFFB.pdf/478d1f83-7a0d-48aa-9815-37dbc6b29f9a Acesso em 16. jun. 2020.

Carlini E.A. et al. Boletim Planfavi, São Paulo, n. 09, p. 3. jan./mar. 2009.  Disponível em: https://www.cebrid.com.br/boletins/planfavi/planfavi-edicoes-anteriores/

Carlini E.A. et al. Boletim Planfavi, São Paulo, n. 49, p. 2. jan./mar. 2019. Disponível em: https://planfavi-cebrid.webnode.com/_files/200000111-b7d08b7d0a/Planfavi%20%2049.pdf. Acesso em 15. jun. 2020.

LORENZI, H.; MATOS F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Plantarum, 2008. 544p.

MATOS, F.J.A. Plantas medicinais: guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 3ª ed. Fortaleza: UFC, 2007.

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