REFLEXÃO: A VIA DO VENTRE

Vamos começar nossa reflexão com uma prática de respiração nos chackras, unindo-os as forças das vogais, ou seja, respirando e exalando o som do A com a mão no coração. O som do I com a mão no frontal e o som do U com a mão no abdômen. Façam por 3x em cada ponto.

Esta reflexão tem por objetivo a reconexão com a energia do coração e de purificação.

Este é o momento para fazermos estas reconexões e limpezas necessárias em nosso mundo interior, para que estejamos aptos a vivermos uma reconexão com energias elevadas da qual viemos e com elas andarmos no sentido da nossa expansão.

Como estamos na fase da Lua Cheia, vamos utilizá-la em nosso trabalho para eliminar vínculos limitadores.

Os povos originários, trabalhavam muito com essa força de liberação para seguirem nas renovações necessárias.

Pensamentos de falta, de separatismos, de medo, são posturas, como diziam os sábios antigos, de quem vivia pelo ventre e não pelo coração. Ou seja, a via do coração é aonde reside a espiritualidade e o sentido da vida.

A via do ventre é aonde transitam as paixões, instintos egoístas, desequilíbrios emocionais.

Quem se deixa dominar pela energia desequilibrada do ventre, se afasta do coração e se distancia do sagrado.

No caminho do reequilibrio desta energia do ventre, encontramos a direção do sul aonde esta energia está ligada, e aonde está o domínio do emocional.

Uma prática interessante então, usando este conhecimento, é se voltar para a direção do sul e respirar com a mão no coração e no abdômen, equilibrando o emocional pela energia do coração .

Importante é entender a origem dos desequilíbrios, para que possamos cuidar deles e passarmos pra frente nosso legado, escrevendo nossa história.

Desde pequenos ouvimos falar do mundo como um espaço de dor, sofrimento e luta.

E temos memórias guardadas por exemplo:

-De abusos, abusos de poder, de autocobrança, autoexigência, e o corpo guarda toda essa energia.-Memórias de relacionamentos que lhes trouxeram instabilidades no hoje, nas relações consigo e com o mundo.
-Memórias de luto, de perdas de alguma coisa ou pessoa, emprego, enfim coisas que saem das nossas vidas.E nos culpamos de uma certa forma pelo desenrolar dos fatos. Porque na maior parte do tempo não trabalhamos com a impermanência e vamos vivendo nossa realidade sem priorizarmos as coisas realmente importantes para o nosso coração.

Vamos vivendo na via do ventre, do faz, faz, sem avaliação.
-Memórias de repressões de nós mesmos – porque na maioria dos casos, parte de dentro de nós, essas memórias em forma de autocobrança e tudo que nos oprime de uma certa forma.
-Memórias de traição que na verdade foram criadas por nós mesmos.

Isso fecha nossos caminhos, essas memórias guardadas.

Além dessas memórias, temos registros guardados de nossos ancestrais paternos e maternos que já se transformaram em “imprints energéticos” em nosso corpo.

Foto de **Татьяна Чернышова🍒** no **Pexels**

O que são imprints energéticos?

Memórias registradas em outros campos além do físico que trazem diminuição do equilíbrio no eixo energético.Trazer tudo isso à consciência, é necessário nesse momento para nos tornarmos mais lúcidos de nosso corpo.

E os amparadores, orientadores estão sinalizando essa necessidade de nos tornarmos lúcidos de toda essa energia imprópria guardada e trabalharmos reconquistar nossa autonomia, anulando tudo que nos puxa pra trás.

Foto de **Rakicevic Nenad** no **Pexels**

Memórias tóxicas pesam, nos cansam porque precisamos estar sempre vencendo a resistência que elas nos colocam para seguirmos. E isto conduz a uma ansiedade porque queremos seguir e não deslanchamos.

E aí recaímos para a reação e andamos pela via do ventre no desequilíbrio emocional que até nos deixa andar de uma certa forma, mas não nos satisfaz.

Tudo está podendo ser acessado agora porque nos foi dada condição de seguirmos o caminho de nosso centro neste período de restrição. E sermos mais seletivos em nossas escolhas. Do contrário iriamos viver uma vida inteira pela via do ventre, das encrencas conosco, sem percebermos que não estávamos usando a via do coração que nos conduz ao Sagrado Caminho de Realização.

O que nos faz escolher as vezes a via do ventre é a pressa, a cobrança que vem dessas memórias antigas, de culpa, de perdas , de medos.

Mas se vocês respirarem e unirem-se aos poderes da Mãe Terra e fizerem uma diluição dessas vibrações impróprias, a via do coração se mostrará brilhando na sua direção e vocês se verão atuando com serenidade que é a marca da sabedoria de quem realmente é o que fala ser. Nesta reflexão de hoje, Eu, Nidi Maria, terapeuta xamânica, junto com vocês, vamos caminhar na purificação das toxidades pela espiral de luz, vórtice de energia libertadora dentro do corpo e com a Mãe Terra.

Vamos lá então: Respirem e sintam-se `a noite num lugar da natureza. Façam uma Lua Cheia linda descer e entrar dentro de vocês. Recebam-na com amizade e façam com que ela mergulhe no corpo descrevendo movimentos de alto pra baixo e debaixo pra cima, mudando a vibração do corpo, tornando-o mais elevado.

Um novo olhar pode mudar tudo na nossa vida.

O nosso corpo, as nossa células respondem aos nossos sentimentos, mas se confundem com nosso emocional desequilibrado.

Então vamos trabalhar agora a purificação com a Mãe Terra. Imaginem-se sentados na natureza, se possível na terra, confortavelmente.

Fechem os olhos e fiquem bem presentes.

Respirem deixando o ar entrar no corpo, soltando pela boca (4x)

Passem as mãos pelo corpo, envolvam seu abdômen e continuem respirando. Sintam o verde que lhes rodeia, o cheiro da terra. Sintam o cheiro da grama. Se deixem envolver por uma brisa fresca. Sintam que começa se acender uma luz no seu corpo, principalmente na região do abdômen. Vejam a cor desta luz.

E vejam que essa cor cresce dentro de vocês, tomando todo o abdômen, região das memórias de desequilíbrios emocionais guardados.

Façam com que esta cor saia, levando tudo que precisa sair. dissolvendo-se no espaço. Agora esta luz toma a forma de uma espiral e vai se movimentando. E vocês começam a verbalizar seu perdão pra algo que veio a memória.