Domingo de sol e calor em São Paulo
Sai bem cedo para caminhar pelo bairro : 8:30hs, o ar ainda estava fresco, e as ruas bem sombreadas.
Tenho o privilégio de morar em um bairro arborizado!
Pensava no que todos estamos vivendo, informações cruzadas, saudade dos amigos, das reuniões, do coral, dos jantares e almoços
Sinto muita falta dos abraços!
Dei-me conta que o último texto escrito, foi a 2 semanas.
Estamos vivendo desafios nunca imaginados.
Manter a sanidade, viver o desamparo e buscar alento em algo. Conforto no que for possível.
No início da pandemia, a quase 1 ano, fiquei curiosa e atenta as “novidades” e uma forma nova de viver.
Mas agora, confesso que estou confusa.
Até onde?
O que é razoável?
Exercitar a fragilidade da vida e conviver com restrições, incerteza e sofrimento.
Hoje, pela manhã, caminhei com menos velocidade, afinal, qual é a pressa?
Correr para onde e para que?
Comecei a prestar atenção ao canto dos pássaros.
As arvores verdes, que balançavam suas folhas ao sabor do vento.
As ruas vazias, silenciosas…
Venho aprendendo a silenciar a mente. Percebi que a respiração se altera, acelera, quando os pensamentos são intensos. Fica curtinha.
Pensar demais, o contato com as sensações fica esquecido. Nós, os humanos, somos de uma “engenharia” incrível.
Pensar não é perceber o que passa em nosso organismo. Atenção nos permite perceber o que se passa nas funções orgânicas e automáticas, como o respirar. Perceber é importante.
Silenciar o tumulto interno também! Permite maior contato com as emoções e sensações.
Exercitar o zelar de si. Descobrir a quietude, serenidade, simplicidade, que pode trazer contentamento, nas pequenas coisas.
Comecei o texto sem saber muito bem como seria.
Mas sabia que queria me comunicar e falar deste momento difícil que todos estamos atravessando.
Deixei as ideias brotarem.
Até que ficou legal!!! Perceber e nomear sensações.
Escrever me traz alegria!
Até a próxima publicação
Miriam
11 999898686
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