Domingo, dia de ler jornal. Li um artigo cujo título é “A falta de emoção do home office” de Alice Ferraz*.
( Fonte: A falta de emoção do home office – Cultura -Estadão cultura.estadao.com.br › noticias. Alice Ferraz, O Estado de S.Paulo. 24 de outubro de 2020 |)
Pessoas conhecidas estão divididas quanto aos benefícios e prejuízos. Em geral, queixam-se que trabalham mais, que estão cansadas e aprisionados na telinha (escutei até uma pessoa dizer estar se sentindo um Hamster!). Outras acham ótimo, não ter que sair de casa, sem trânsito, custo de transporte. Em geral, empresas adotam por economia.
Como será a longo prazo? É um sistema que permitiu a continuidade de trabalho em tempos assustadores. Ótimo!
Mas adotar esta forma, a mim parece pouco saudável em tempo integral.
O que mais tenho sentido falta, é de encontrar os amigos, sair e poder abraçar as pessoas queridas, beijar e abraçar a netinha…
Aprendemos desde pequenos, a arte de conviver, respeitar o outro. Adorava ir à escola, encontrar os amigos, brincar, correr…criar teatrinhos imaginários. Imaginava-me uma arqueóloga, viajando pelo mundo, desenterrando tesouros perdidos…o que não fiquei muito distante, tentando ajudar pessoas a descobrir tesouros pessoais com o trabalho de psicóloga!
E agora, com que sonhar? Crianças sem o convívio escolar, com os horizontes limitados. Certamente consequências já estão por aí com a liberdade cerceada e a impossibilidade de expandir limites reais. Uma anestesia da emoção real e prazerosa.
A delícia que é sair, caminhar pela cidade, ver pessoas e sorrir! Como posso saber se alguém sorri para mim, em resposta ao meu sorriso? Saio de máscara…afinal é o politicamente correto, não é?
As conversar de corredor no escritório, os encontros inesperados muitas vezes, os comentários simples, ajudam em decisões importantes.
Reuniões presenciais que implicam em todo um ritual preparatório, a roupa a vestir, o espaço arrumado, a expectativa de um encontro. Um exercício de cidadania, somar experiencias de viver o desenvolver pessoal e profissional. Uma aventura indispensável para o crescimento do repertorio de vida.
Diz Alice Ferraz*, encerrando o artigo: “A convivência física e o sentimento que ela gera, é primordial para nosso desenvolvimento emocional em sociedade”
Penso o mesmo e vejo que lentamente, as pessoas, com os devidos cuidados, começam a sair.
Somos ingênuos, a tudo aquilo que desconhecemos. Desenvolver o repertorio pessoal demanda ação e risco.
Também coragem!
Coragem para enfrentar o desconhecido e somar experiencias.
*Especialista em marketing de influência e escritora
fonte da foto da capa do artigo :https://www.correiobraziliense.com.br/
Até a próxima publicação
Miriam
11 999898686
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