Olhar verde

MELISSA-Melissa officinalisL


Melissa – Melissa officinalis L . da família botânica Lamiaceae (Labiatae). 

Planta herbácea e aromática, também conhecida por erva-cidreira-verdadeira, cidreira, melitéia, cidrilha, melissa-romana ou chá-de-frança. É originária da Europa – Mediterrâneo e Ásia e vem sendo utilizada pelo homem desde os tempos da Grécia antiga. Aclimatada nas regiões de clima temperado e cultivada no Brasil. Multiplica-se por estacas e sementes.

As Folhas são utilizadas preferencialmente na forma de infusão e suas flores são fontes para as abelhas produzirem mel.

Parte usada: folhas e sumidades floridas.

Principais componentes químicos: óleos essenciais (citral, citronelal, citronelol, limoneno, linalol e geraniol), taninos, ácidos triterpenóides, flavonóides, ácido rosmarínico, entre outros.

Usos tradicionais: digestiva, carminativa, antisséptica, antiespasmódica, ação sedativa suave. Estudos recentes demonstraram efeitos antioxidante e anticolinesterásico, com benefícios em quadros de demência tipo Alzheimer; melhoria no teste de atenção. A essência apresenta efeitos antivirais, úteis em quadros de herpes labial. Culinária: tempero para saladas, molhos, sucos e aromatizante de alimentos. Infusão (chá): calmante nos casos leves de ansiedade, insônia e transtornos de origem nervosa (cefaleia, vertigens); digestiva (azia, má digestão); espasmolítica suave, aliviando pequenas crises de cólica; analgésica nas dores de resfriados. Tintura hidroalcóolica a 20%: em quadros demenciais leves. Suco ou decocto (uso externo): aliviar dores. Óleo essencial (uso local): antisséptica. Compressas (folhas): picadas de insetos.

Precauções:a sua essência mesmo em pequenas doses, pode causar entorpecimento e diminuição da pulsação e não foi confirmado ação hipnótica e ansiolítica nos modelos do PPPM-CEME. Usos não recomendados para hipotensos e contraindicado para gestantes , lactantes e nos casos de hipotireoidismo. Embora M. officinalis seja uma fonte potencial para o tratamento de ansiedade e alguns outros distúrbios do SNC, sugere-se verificar estudos adicionais, particularmente em humanos.

Saudações e até a próxima planta. 

Linete Maria Menzenga Haraguchi

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Referências:

Akhondzadeh, S.; Noroozian, M.; Mohammadi, M.; Ohadinia. S.; Jamshidi, A.H.; Khani, M. Melissa officinalis extract in the treatment of patients with mild to moderate Alzheimer’s  disease: a double blind, randomised, placebo controlled trial. J Neurol Neurosurg Psychiatry.74 (7): 863-6. 2003.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. A fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos. Brasília, DF: 2006.

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Shakeri, A.; Sahebkar, A.; Javadi, B. Melissa officinalis L. – A review of its traditional uses, phytochemistry and pharmacology. J Ethnopharmacol. 2016 Jul 21;188:204-28. 2016.

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Farmacêutica/Biomédica , especialista em educação em saúde pública, homeopatia e fitoterapia clínica e mestre em ciências/saúde coletiva (UNIFESP).

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