VERDADE E SENSO COMUM
Acordei hoje bem disposta.
Sol lindo, friozinho…uma delícia de tempo. Um convite para caminhar.
Desjejum, tênis nos pés e música nos ouvidos.
E máscara!
Caminhar é um excelente momento para refletir.
Pensava nas mudanças.
Foi o dia que proporcionou este bem estar? Ou eu estava bem internamente e assim pude apreciar o dia agradável?
Lembro bem, quando pequena, acontecia de ouvir frases como “você me deixa nervosa, menina. Para com isso.” E pensava, o que teria feito para causar tanto desconforto no outro! Não fazia sentido, pois não era a intenção.
Com o tempo, crescendo e interessada no humano que existe em nós, me dei conta, que pessoas nervosas, reagem de forma nervosa ou irritada por serem assim.
Provavelmente, já ouviram alguma vez, dizeres do tipo: “você sabe como me irritar!”
Será mesmo que somos capazes disso, ou existe no outro um nervosismo latente, ou irritação que desperta, a partir de um gesto do outro? Afinal não temos poder algum! Mal e mal damos conta de nós mesmos…
Como estamos vivendo uma situação evidente de impotência, fica visível o quanto somos limitados em “causar” reações em outras pessoas.
Usando o momento da pandemia, notícias sobre o perigo do vírus, nos paralisa. O medo de adoecer ou morrer, que existem em nós, está sendo ativado e exposto. Assim nos recolhemos numa atitude defensiva e numa tentativa de nos proteger, mas o nosso próprio medo foi ativado! Cada um reage e sente à sua maneira e a partir de seu repertorio de vida. Alias, o primeiro gesto ao nascer é respirar para não morrer!
Uma pessoa insegura, que tem registros infantis de maus tratos, se não cuidar de seu desenvolvimento emocional, tem chances de ser um adulto nervoso e irritado.
Assim, muitas vezes uma fala pode ser entendida como deboche, e leva a irritação ou compreensão equivocada. Frequente é responsabilizar o outro, para que não haja necessidade em ser responsável pelo que sente ou a forma que age. E se dar conta.
“Você me deixa nervoso”, cabe bem nesta situação de irresponsabilidade quanto as próprias maneiras de ser e agir. E assim, os mal entendidos, vão adiante.
Quem tem a verdade, afinal? Alguém sabe? Existe verdade ou o que usamos é um senso comum, que decidimos aceitar como forma de tentar viver melhor em grupos?
Quem souber, me conte!
Até a próxima publicação!
Miriam
mhalperng@gmail.com
11 999898686
Muito boa sua colocação. As pessoas tendem a colocar nos outros a sua forma de ver e de ser. A raiva, a irritação e também a inveja.
É isso mesmo. E não deixa de ser uma forma de controlar as pessoas. Dizer “quero só o seu bem”, também é uma forma de assedio e dominação.
Assunto para mais de metro…
Agradeço sua colaboração!