Se pesquisarmos a origem da palavra própolis, vamos descobrir que o nome foi criado pelos gregos e significa em defesa (pro) da cidade (polis). Certamente, os antigos passaram um bom tempo observando as colméias e notaram que o composto é fabricado pelas abelhas com o propósito de blindar a casa delas. Isso porque, a própolis promove o isolamento do ambiente, impede a entrada de luz e de umidade. E essa mesma proteção diante de inimigos microscópicos se dá no corpo humano quando utilizamos o preparo resinoso. São frequentes os estudos que apontam sua eficácia contra vírus, bactérias e fungos. Daí o seu uso frequente nas temporadas mais frias do ano, quando gripes e resfriados são mais comuns.
Pesquisas recentes revelaram que a própolis combate o excedente de radicais livres, já associados ao envelhecimento precoce e a danos celulares, e também os micróbios. Seus compostos interferem na membrana celular das bactérias. Tal efeito desestabiliza os micróbios de tal maneira que eles acabam sendo eliminados.
O que torna a resina fabricada pelas abelhas tão poderosa é uma verdadeira miscelânea de substâncias. Mas, em meio a essa vastidão química, um grupo se destaca nas pesquisas: os compostos fenólicos. Dentro dessa classe, estão os flavonóides e os ácidos cumário, cafeico e gálico.
A própolis também tem ação antibacteriana na boca. Os compostos fenólicos contribuem para a integridade do esmalte dentário e ajudam a prevenir cáries e a doença periodontal. Inclusive, existem empresas incluindo o ingrediente na receita de seus cremes dentais.
Modo de usar
Pelos dados disponíveis até agora, a própolis parece ter tanto potencial terapêutico como preventivo. Mas isso não significa usar o extrato, a forma mais consumida no Brasil, como se fosse água. Ingerir 15 gotas em jejum já seria suficiente para fortalecer o sistema imunológico.
A própolis no mercado
NO POTE
A mistura de mel e própolis é bem-vinda pela ação expectorante e há indícios de que ela ajuda a atenuar a constipação intestinal. Mas os especialistas lembram que a alta carga de açúcar pede moderação pelos diabéticos.
NO EXTRATO
É o derivado que concentra maior quantidade de compostos benéficos. Os produtores costumam usar álcool de cereais como solvente; mas já existem versões com água.
NO SABÃO
Além do aroma agradável, a própolis pode liberar na pele substâncias de ação antibacteriana. Daí por que especialistas chegam a recomendar seu sabonete a pessoas que sofrem com a acne.
NA PASTA DE DENTE
Pesquisas já provaram que o produto das abelhas enfrenta a cárie. Por isso ele foi incorporado a cremes dentais. Ainda assim, a pasta também precisa conter uma boa dose de flúor para garantir proteção.
NO SPRAY
Ele é usado mais frequentemente nos meses mais frios por resguardar a garganta. Geralmente vem combinado com gengibre, romã e outros ingredientes. Pela sua essência antibacteriana, também combate o mau hálito.
Comentar